Doenças hipocinéticas são condições de saúde associadas à falta de atividade física e ao estilo de vida sedentário. Isto é, hipocinético se refere à falta de movimento ou exercício. Essas doenças estão se tornando cada vez mais comuns em nossa sociedade moderna, onde as pessoas passam longos períodos sentadas em frente a telas de computadores e televisores, além de adotarem um estilo de vida cada vez mais sedentário.
Neste artigo, exploraremos algumas das doenças hipocinéticas mais comuns, seus sintomas e, mais importante, como tratá-las e preveni-las por meio da adoção de um estilo de vida mais ativo e saudável. Vamos descobrir como a atividade física regular pode ser uma poderosa aliada na promoção da saúde e no combate às doenças hipocinéticas.
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O que são doenças hipocinéticas?
Doenças hipocinéticas, também conhecidas como doenças relacionadas à falta de atividade física, são condições de saúde que surgem devido à ausência ou insuficiência de exercício físico regular. Essas doenças resultam do estilo de vida sedentário, no qual uma pessoa passa a maior parte do tempo sentada ou inativa, com pouco ou nenhum envolvimento em atividades físicas ou esportivas.
Assim, essas doenças estão se tornando cada vez mais prevalentes em sociedades modernas, onde a tecnologia e a conveniência muitas vezes levam as pessoas a um padrão de vida sedentário.
Essas condições de saúde são frequentemente evitáveis e tratáveis por meio da adoção de um estilo de vida ativo e saudável, que inclui a prática regular de exercícios físicos e a promoção da atividade física no dia a dia. Assim, conscientização sobre as doenças hipocinéticas e a implementação de mudanças positivas no estilo de vida são fundamentais para prevenir e tratar essas doenças, melhorando a qualidade de vida e promovendo a saúde a longo prazo.
Quais são as doenças hipocinéticas?
As doenças hipocinéticas englobam uma variedade de condições de saúde que estão diretamente relacionadas à falta de atividade física e ao estilo de vida sedentário. A seguir, listamos os principais exemplos de doenças hipocinéticas:
Obesidade
A falta de atividade física contribui significativamente para o ganho de peso excessivo e a obesidade. O excesso de peso corporal está associado a uma série de problemas de saúde, por exemplo:
- Diabetes tipo 2;
- Doenças cardíacas;
- Hipertensão arterial;
- Distúrbios articulares.
Doenças cardíacas
O estilo de vida sedentário pode levar ao acúmulo de placas de gordura nas artérias, aumentando o risco de doenças cardíacas. Por exemplo:
- Aterosclerose;
- Hipertensão arterial;
- Infarto do miocárdio.
Diabetes tipo 2
A inatividade física está relacionada ao desenvolvimento de resistência à insulina e ao diabetes tipo 2. Desse modo, o exercício regular ajuda a controlar os níveis de glicose no sangue e melhora a sensibilidade à insulina.
Osteoporose
Osteoporose é uma doença caracterizada pela perda gradual da massa óssea, tornando os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas. Nesse contexto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a prática regular de atividade física não só como tratamento, mas como prevenção à osteoporose.
Segundo uma pesquisa da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), os exercícios que trabalham o equilíbrio e coordenação são eficientes no tratamento, pois reduzem os riscos de quedas. Enquanto isso, os exercícios de prevenção são os de alta intensidade, por exemplo, polichinelo, corrida com deslocamentos e burpee, pois são capazes de aumentar significativamente a densidade mineral óssea.
Doenças respiratórias
A inatividade pode levar a uma diminuição da capacidade pulmonar e contribuir para o desenvolvimento de doenças respiratórias, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).
Segundo o Ministério da Saúde, essa é uma doença caracterizada pela inflamação progressiva que obstrui as vias aéreas, impedindo a respiração. É importante salientar que a DPOC é prevenível e tratável, e as limitações provocadas no fluxo aéreo pulmonar são parcialmente reversíveis. A seguir, conheça seus principais sintomas:
- Falta de ar;
- Cansaço;
- Pigarro;
- Tosse.
Depressão e ansiedade
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 16,3 milhões de brasileiros sofrem com a depressão. Nesse contexto, segundo uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), ao praticar exercício físico, o corpo libera uma série de neurotrofinas.
Isto é, a família de proteínas que auxiliam na sobrevivência e desenvolvimento dos neurônios, promovendo a regeneração neural. Esse processo altera determinadas estruturas do cérebro e também seu funcionamento, que está diretamente relacionado à saúde mental.
Ou seja, o estilo de vida sedentário também está associado a um maior risco de depressão e ansiedade, uma vez que a regeneração neural não é incentivada. Apesar de ser uma ferramenta importante, o exercício, sozinho, muitas vezes não é capaz de impedir o desenvolvimento do transtorno mental.
Assim, é importante ter em mente que o tratamento para depressão e ansiedade assume uma abordagem multidisciplinar. Isto é, deve contar com profissionais de diferentes áreas em atuação. Por exemplo, psicoterapeutas, psiquiatras, nutricionistas e mais.
Câncer
Além de contribuir para prevenir o câncer de intestino (cólon), endométrio (corpo do útero) e mama,egundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), as atividades físicas promovem:
- Equilíbrio dos níveis hormonais;
- Redução do tempo de trânsito gastrointestinal;
- Fortalecimento das defesas do corpo;
- Manutenção do peso corporal adequado.
Problemas musculoesqueléticos
Problemas musculoesqueléticos são muito comuns e podem surgir nos ossos, músculos e articulações. Entre seus principais sintomas estão a dor, fraqueza, rigidez, ruídos articulares e diminuição da amplitude de movimento.
Assim, os exercícios físicos são capazes de fortalecer a musculatura, entregando mais sustentação aos ossos. Além disso, aumentam a lubrificação das cartilagens, melhorando o funcionamento das articulações e reduzindo dores no geral.
Síndrome metabólica
Síndrome metabólica é uma doença comum entre o sexo masculino, mas também acomete mulheres, principalmente as que sofrem com a Síndrome do Ovário Policístico (SOP). Entre as suas principais características estão:
- Grande circunferência abdominal – devido à gordura abdominal excessiva;
- Hipertensão arterial;
- Resistência aos efeitos da insulina;
- Níveis anormais de colesterol e outras gorduras no sangue (dislipidemia).
Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, a prática regular de atividade física é um importante fator para a prevenção e tratamento dessa doença. Entre as recomendações está a realização de pelo menos 30 minutos de atividade física (formal ou de lazer) em sessões de pelo menos 10 minutos todos os dias da semana.
No entanto, para que os benefícios e segurança à saúde da prática regular de atividade sejam maximizados, é necessário que haja uma prescrição de exercícios que considere as necessidades, metas, capacidade e histórico do praticante.
Doenças hipocinéticas: principais causas
Como vimos anteriormente, as causas mais comuns de doenças hipocinéticas são a falta de atividade física regular e um estilo de vida sedentário, mas existem várias outras. Dessa forma, listamos as principais causas a seguir:
Estilo de vida moderno
A tecnologia e a conveniência da vida moderna levam muitas pessoas a evitar atividades físicas básicas, por exemplo, caminhar, subir escadas ou fazer tarefas domésticas, resultando em um estilo de vida sedentário.
Falta de tempo
Muitas pessoas alegam falta de tempo devido a compromissos profissionais e familiares para se exercitarem regularmente.
Mudanças no trabalho
Trabalhos que exigem longos períodos de tempo sentado em frente a um computador contribuem para a falta de atividade física durante o dia.
Ambiente urbano
Ambientes urbanos com infraestruturas inadequadas para caminhadas e ciclismo podem desencorajar as pessoas a serem ativas.
Maus hábitos alimentares
A falta de atividade física frequentemente acompanha maus hábitos alimentares, contribuindo para o ganho de peso e o desenvolvimento de doenças relacionadas à obesidade.
Estresse
O estresse crônico pode levar as pessoas a adotarem comportamentos sedentários como uma forma de lidar com a pressão.
Falta de conscientização
Algumas pessoas simplesmente não estão cientes dos benefícios da atividade física para a saúde e, portanto, não a priorizam em suas vidas.
Limitações de mobilidade
Algumas pessoas podem enfrentar limitações de mobilidade devido a condições médicas, lesões ou idade avançada, o que pode dificultar a realização de exercícios.
Falta de acesso à academias
A falta de acesso a instalações de exercícios, como academias, e a falta de recursos financeiros para participar de atividades físicas podem ser obstáculos significativos.
Como prevenir doenças hipocinéticas?
A prevenção das doenças hipocinéticas envolve a adoção de um estilo de vida ativo e saudável. Em seguida, confira algumas medidas importantes que podem ajudar a prevenir essas doenças:
Exercício regular
Atividade física regular é fundamental para prevenir doenças hipocinéticas. Desse modo, tente incluí-la pelo menos três vezes na semana. Além disso, é importante encontrar modalidades que você goste, como:
- Caminhada;
- Natação;
- Lutas;
- Bicicleta;
- Dança;
- Entre outros.
Evite o sedentarismo
Reduza o tempo que passa sentado durante o dia. Levante-se e movimente-se regularmente, especialmente se tiver um trabalho que envolve longos períodos de tempo sentado. Faça pausas curtas para se alongar e caminhar.
Incorpore atividade física à rotina diária
Procure oportunidades para ser ativo ao longo do dia. Use as escadas em vez do elevador, faça pequenas caminhadas após as refeições e considere a possibilidade de andar de bicicleta para o trabalho ou escola.
Alimentação saudável
Mantenha uma dieta equilibrada, rica em frutas, legumes, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis. Evite o consumo excessivo de alimentos processados, ricos em açúcar e gorduras trans. Beba bastante água ao longo do dia para se manter hidratado, o que é essencial para o funcionamento adequado do corpo durante o exercício.
Controle do estresse
Aprenda a gerenciar o estresse por meio de técnicas de relaxamento, meditação ou práticas como o ioga. O estresse crônico pode levar ao comportamento sedentário.
Mantenha um peso saudável
Mantenha um peso corporal saudável ou trabalhe para alcançá-lo. A obesidade é um fator de risco significativo para doenças hipocinéticas.
Check-ups médicos regulares
Faça check-ups médicos regulares para avaliar sua saúde geral e discutir estratégias de prevenção com seu médico.
Evite o tabagismo e o consumo excessivo de álcool
Tabagismo e consumo excessivo de álcool são fatores de risco para várias doenças hipocinéticas. Parar de fumar e beber com moderação são passos importantes para a prevenção.
Educação e conscientização
Esteja ciente dos riscos das doenças hipocinéticas e dos benefícios da atividade física para a saúde. Compreender essas questões pode motivá-lo a adotar um estilo de vida mais ativo.
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